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Nesta segunda-feira (7), a Assembleia do Nobel no Instituto Karolinska, na Suécia, anunciou os ganhadores do Prêmio Nobel de Medicina 2024: os cientistas norte-americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun. Eles foram reconhecidos por suas descobertas inovadoras sobre os microRNAs, moléculas pequenas, mas essenciais, que desempenham um papel crucial na regulação genética.

Ambos dividirão igualmente o prêmio de 11 milhões de coroas suecas (aproximadamente R$ 5,8 milhões), em reconhecimento à relevância de suas contribuições para a biologia molecular. Os microRNAs são responsáveis por controlar como os genes são ativados e desativados nas células, o que é fundamental para o desenvolvimento adequado dos tecidos do nosso corpo.

As pesquisas de Ambros e Ruvkun mostraram que essas moléculas controlam a expressão genética, garantindo que cada célula ative apenas os genes necessários para sua função específica. Essa regulação é vital para o crescimento saudável do organismo, e sua falha pode estar associada a doenças graves, como câncer e diabetes.

Impacto das descobertas no campo da medicina

A descoberta dos microRNAs trouxe uma nova compreensão sobre como o corpo humano regula suas funções em nível celular. Além de ajudar a esclarecer mecanismos de desenvolvimento celular, essa pesquisa oferece novas perspectivas para o tratamento de diversas doenças.

Estudos recentes indicam que a regulação por microRNAs também pode influenciar a resposta do corpo a infecções, como a Covid-19. O comportamento dos microRNAs humanos, por exemplo, tem sido relacionado à evolução do vírus SARS-CoV-2, sugerindo que essas pequenas moléculas possam ser usadas como novas abordagens terapêuticas para reduzir a gravidade da infecção.

Contribuições para o avanço científico

Ambros, professor da Universidade de Massachusetts, e Ruvkun, pesquisador da Harvard Medical School, foram fundamentais para expandir os conhecimentos sobre o papel dos microRNAs na regulação genética pós-transcricional. Suas descobertas abriram novas oportunidades para a pesquisa em biologia molecular, oferecendo novas possibilidades para o desenvolvimento de tratamentos médicos que vão desde o combate ao câncer até doenças infecciosas.

Esses avanços reafirmam a importância de pesquisas contínuas em genética e biologia molecular, com potencial impacto significativo na medicina personalizada e no tratamento de doenças complexas.