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Um estudo recente analisou a integralidade no cuidado da obesidade infantil em 11 municípios brasileiros, destacando tanto as potencialidades quanto as limitações das políticas de saúde na Atenção Primária. A pesquisa, que utilizou uma abordagem qualitativa, revelou que, apesar de iniciativas como o Programa Saúde na Escola e o Programa Crescer Saudável, a centralização do cuidado em nutricionistas e a falta de priorização da obesidade nas agendas de saúde ainda são desafios significativos.

Os dados de 2022 indicam que 25,37% das crianças entre 5 e 10 anos atendidas na atenção primária apresentavam excesso de peso, o que demanda ações de cuidado mais abrangentes. O estudo enfatiza a importância de uma abordagem intersetorial, envolvendo saúde e educação, e sugere que a transformação das práticas de cuidado deve ser mais inclusiva e humanizada.

Entre as potências identificadas estão a oferta de serviços em diferentes níveis de atenção e a articulação intersetorial para atender às necessidades das crianças e suas famílias. No entanto, a pesquisa também apontou a necessidade de capacitação contínua dos profissionais de saúde e a importância de escuta qualificada para compreender as demandas sociais e emocionais das crianças.

Os pesquisadores concluem que, para que o cuidado da obesidade infantil seja efetivo, é crucial repensar as políticas públicas e as práticas profissionais, promovendo um sistema de saúde mais justo e solidário.

Fonte:https://rsp.fsp.usp.br/artigo/a-integralidade-no-cuidado-da-obesidade-infantil-em-municipios-brasileiros/ - Acesso em 25/09/2024 às 14h38, escrito por Maria Irene de Castro Barbosa, Laura Solléro de Paula e Elisabetta Recine